O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, e toda a sua diretoria foram afastados do cargo nesta quinta-feira (16). A decisão foi determinada pelo desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Gabriel de Oliveira Zefiro.
A decisão também determina que Fernando Sarney, um dos vice-presidente da CBF e que pediu à Justiça o afastamento de Rodrigues, atue como interventor da entidade, tendo como uma de suas principais responsabilidades realizar eleições “o mais rápido possível”.
O afastamento de Ednaldo Rodrigues acontece dez dias após a deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil/RJ), entrar com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o afastamento imediato do dirigente. Além disso, a parlamentar solicitava a revisão do acordo homologado pelo STF em fevereiro, que reconheceu a legalidade do processo eleitoral da entidade em 2022.
A petição protocolada pela deputada e ex-ministra do Turismo apontava, a falsificação de uma das cinco assinaturas que ratificaram o acordo homologado pelo STF no início do ano. Trata-se da assinatura de Antônio Carlos Nunes, também conhecido como Coronel Nunes, ex-presidente da CBF e um dos vice-presidentes da entidade no mandato anterior de Ednaldo Rodrigues. A parlamentar questionava o acordo, com base no artigo 168 do Código Civil, que dá permissão ao juiz de anular “negócio jurídico ou seus efeitos” quando houver vício de consentimento.
A CBF recorreu ao STF para anular a decisão da Justiça do Rio de Janeiro. O pedido foi encaminhado ao ministro Gilmar Mendes, que foi relator de decisões anteriores que garantiram a permanência do presidente no comando da confederação.
Mín. 24° Máx. 25°