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Mais de 95% das apostas foram identificadas em cartão a Bruno Henrique

Jogador foi indiciado por estelionato e fraude em competição esportiva

16/04/2025 às 16h12
Por: Julita Bittencourt Fonte: Metrópoles
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Foto: Metrópoles
Foto: Metrópoles

Bets indicaram à Polícia Federal (PF) que mais de 95% das apostas no confronto entre Flamengo e Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023, estavam concentradas na possibilidade de o atacante Bruno Henrique receber um cartão amarelo. O jogador foi indiciado por estelionato e fraude em competição esportiva.

De acordo com as casas Betano, GaleraBet e KTO, a maior parte do volume apostado, antes mesmo do início da partida, estava direcionada à punição ao jogador. Como mostrou o Metrópoles no mês passado, também há indícios de apostas feitas na Blaze, o que segue sob investigação da PF.

A Betano informou à PF que 98% das apostas foram para o cartão de Bruno Henrique. Já a GaleraBet apontou concentração de 95% no mesmo quesito. A KTO confirmou o direcionamento significativo das apostas ao atleta, embora não tenha especificado os percentuais.

Apesar da movimentação, uma das apostas feitas pelo irmão do atacante, Wander Nunes Pinto Júnior, foi bloqueada para saque por uma das plataformas. O motivo, segundo a casa, foi a identificação de atividade suspeita diante do volume incomum de apostas na penalidade ao jogador rubro-negro.

Em mensagens apreendidas no aparelho celular de Wander, os investigadores encontraram um diálogo entre os dois em 9 de dezembro de 2023 – mais de um mês após a partida entre Flamengo e Santos pelo Campeonato Brasileiro.

Nas mensagens, Wander pede R$ 4 mil emprestado ao atacante rubro-negro para pagar dívidas no cartão de crédito e pensão. Ele justificou que não tinha “nenhum centavo” e que, “pra você ter ideia, sabe a parada que você me deu ideia do Santos [a aposta], até hoje eles não pagou (sic)”.

“Coloquei [R$] 3 [mil] pra ganhar [R$] 12 [mil], e eles bloquearam por suspeita. Tô pensando aqui, se você puder fazer isso, você vai me salvar, de coração mesmo. Tem como descontar [R$] 10 [mil] da casa, e você me dá, aí pago tudo aqui, sobra um dinheiro pra ir na praia e aí eu comprar a casa eu recupero esse dinheiro e reponho ele. Igual te falei: eu não ia pedir pra você, mais eu já não tenho mais solução pra quem recorrer me ajuda nessa aí por favor (sic)”, pediu o irmão do atacante.

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