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Mãe de bebê Ana Beatriz seguirá presa preventivamente após audiência de custódia

Justiça de Alagoas converteu o flagrante em prisão preventiva

16/04/2025 às 15h08 Atualizada em 16/04/2025 às 15h20
Por: Julita Bittencourt
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Eduarda Silva de Oliveira seguirá presa, preventivamente, após audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (16) pela Justiça de Alagoas e será encaminhada ao Sistema Prisional. Ela foi presa em flagrante por ocultação de cadáver da própria filha, a bebê Ana Beatriz, na terça-feira (15). O corpo da recém-nascida estava dentro de uma sacola plástica, escondido em um armário na área da lavanderia da casa da família, no município de Novo Lino, interior alagoano.

O flagrante foi homologado e a prisão preventiva foi decretada, com base na ordem pública e na conveniência da instrução criminal. Audiência de custódia foi conduzida pelo juiz Antônio Íris da Costa Júnior.

A mãe da criança havia sido presa em flagrante após confessar o crime, mas a Polícia Civil de Alagoas aguarda o resultado da perícia da Polícia Científica para a tipificação do delito, se será homicídio ou infanticídio. 

Desde o desaparecimento da criança, todas as estruturas operacionais da Segurança Pública foram mobilizadas. Equipes do Corpo de Bombeiros realizaram varreduras com o apoio de cães farejadores, inclusive dentro da residência da mãe da bebê, mas as diversas versões apresentadas por ela dificultaram o andamento das investigações.

"Trabalhamos, desde o início, com todas as hipóteses. E, infelizmente, desde o primeiro dia já tínhamos a possibilidade de encontrarmos a criança sem vida. Mesmo assim, não poupamos esforços para localizar Ana Beatriz e esclarecer o caso. A mãe apresentou versões diferentes, e hoje, diante do advogado, confessou que havia matado a filha e indicou onde o corpo havia sido ocultado”, afirmou o delegado Igor Diego.

Segundo ele, a mulher apresentou duas versões para a morte da filha. Na primeira, alegou que a bebê teria se engasgado durante a amamentação. Em seguida, disse que a criança estava doente e, após um longo período de choro intenso, teria sido asfixiada com um travesseiro em um momento de exaustão emocional e irritação provocada por barulho externo.

Após o crime, a mulher teria embalado o corpo da criança, mas não soube explicar como ou por quem ele foi ocultado. A principal linha de investigação aponta que uma terceira pessoa pode ter colocado o corpo no armário durante a madrugada desta terça-feira (15), enquanto a casa estava vazia. Cães farejadores do Corpo de Bombeiros haviam inspecionado o local anteriormente, sem que o corpo fosse detectado.

"Esse elemento reforça a possibilidade de que o corpo tenha sido levado posteriormente ao local. A investigação vai continuar para apurar todos os detalhes, inclusive se alguém ajudou na ocultação”, acrescentou o delegado.

O tenente Ascânio, do Corpo de Bombeiros, destacou a precisão dos cães da corporação e afirmou ser improvável que o corpo estivesse no local nos dias anteriores. “São cães e cadelas treinadas, que encontram objetos enterrados a dois metros de profundidade. É praticamente impossível que o bebê estivesse lá no dia de ontem”, disse.

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