O secretário de segurança pública de Alagoas, Flávio Saraiva, rebatou as críticas feitas por alguns deputados em relação à condução das forças de segurança no caso da bebê Ana Beatriz. Em uma postagem nas redes sociais, o chefe da pasta lamentou que políticos transformaram a tragédia que comoveu o Estado em palanque e os acusou de colocar a sociedade alagoana contra as polícias.
"A Segurança Pública trabalha com inteligência, técnica e responsabilidade — não com emoção ou oportunismo", afirmou. "É lamentável ver que, enquanto nossos agentes estavam concentrados em esclarecer os fatos, alguns parlamentares tentaram transformar uma tragédia em palanque, jogando a população contra as polícias, bombeiros e o governo", continuou.
O secretário também pontuou que a investigação séria da Polícia Civil de Alagoas revelou os fatos, "mesmo diante de tantas pressões e tentativas de distorção".
"Colocar as polícias contra a sociedade é uma irresponsabilidade grave", continuou na postagem e completou dizendo que quem se diz defensor da segurança precisa respeitar o trabalho daqueles que se arriscam diariamente para proteger a sociedade alagoana.
Reviravoltas
As investigações que esclareceram o desaparecimento de Ana Beatriz sofreu várias reviravoltas. Inicialmente, a mãe da criança, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, denunciou um falso sequestro que mobilizou todas as forças de segurança do estado. Mas após dias de intensas diligências, as polícias encontraram controversias, principalmente, quando a mãe mudou a versão dos fatos por cinco vezes.
Por fim, Eduarda confessou ter asfixiado a própria filha por causa do choro dela e indicou o local do corpo, que estava escondido dentro da casa dela.
Com o desaparecimento esclarecido, a mãe está presa por ocultação de cadáver inicialmente. A partir de agora, a PC-AL vai aguardar os laudos da necropsia, que irá determinar a verdadeira causa da morte. A Polícia Científica vai também determinar como se deu o manuseio do corpo, que pode ter sido colocado no local por terceiros.