A China determinou que companhias aéreas do país suspendam novas encomendas de aviões da americana Boeing, em retaliação à guerra comercial iniciada por Donald Trump.
O governo de Xi Jinping também solicitou que as companhias aéreas chinesas interrompam compras de equipamentos e peças relacionados a aeronaves de empresas americanas, segundo agência de notícias Bloomberg.
Trump reagiu dizendo que a China voltou atrás em um acordo importante com a Boeing ao recusar a entrega de aeronaves.
A decisão veio após Pequim impor tarifas de 125% sobre produtos americanos, em resposta às tarifas de 145% impostas pelos EUA.
Com o aumento dos custos, ficou inviável para as empresas chinesas aceitarem aviões da Boeing. As ações da fabricante caíram após a notícia, acumulando queda de 10% no ano.
O governo chinês também avalia apoiar empresas afetadas que arrendam jatos da Boeing. Cerca de dez aeronaves Boeing 737 Max estão prestes a ser entregues na China, mas há sinais de adiamentos.
A Boeing enfrenta dificuldades em manter a presença no mercado chinês, que deve representar 20% da demanda global nas próximas duas décadas.
A empresa ainda possui aviões prontos em estoque para companhias chinesas, mas teme novos impactos na cadeia de suprimentos.