Começa nesta segunda-feira (14) o julgamento contra a Meta que analisa se a empresa de tecnologia construiu um monopólio ilegal de mídia social ao gastar bilhões para comprar o Instagram e o WhatsApp. As autoridades antitruste dos EUA querem entender se as aquisições, que aconteceram há mais de 10 anos, buscavam eliminar uma concorrência emergente que poderiam ameaçar o Facebook.
Segundo a Comissão Federal de Comércio dos EUA, que entrou com o processo em 2020, a ideia da Meta era ter o monopólio da forma como as pessoas se comunicaram entre si. Por isso, comprou todas as ferramentas possíveis nesse ramo. A Comissão defende que a empresa reestruture ou venda parte de seus negócios, principalmente o Instagram e o WhatsApp.
Há um receio de como o julgamento pode atingir a empresa, que sofre financeiramente e tem boa parte dos seus lucros atrelados a publicidade no Instagram.
A diretora jurídica da Meta, Jennifer Newstead, chamou o caso de fraco e um impedimento ao investimento em tecnologia.
'É absurdo que a Comissão Federal de Comércio dos EUA esteja tentando desmembrar uma grande empresa americana ao mesmo tempo em que o governo tenta salvar o TikTok, de propriedade chinesa'.
O julgamento também ocorre em um momento que o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, se aproxima do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele rejeitou políticas de moderação de conteúdo, doou US$ 1 milhão para a posse e ainda visitou a Casa Branca em algumas ocasiões.
A expectativa é que o CEO preste, sim, depoimento no julgamento. Ele deve ser questionado sobre e-mails em que propõe comprar o Instagram como uma forma de neutralizar a concorrência com o Facebook. Além disso, há outro texto em que ele afirma que tem medo do WhatsApp se tornar uma rede social.