A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) deu detalhes, nesta terça-feira (28), sobre a investigação e o esclarecimento da morte de Anna Cecillya dos Santos Silva, de 9 anos. A menina, que estava desaparecida desde o dia 21 de janeiro, foi encontrada morta no último domingo (26) no Conjunto Raimundo Nonato, zona rural de Branquinha.
Durante a coletiva, foi confirmado que a criança foi estuprada antes de ser assassinada. Um adolescente de 17 anos confessou o crime, alegando que agiu sob ameaça de outro suspeito, um homem de 19 anos, que havia sido preso no dia anterior.
O adolescente revelou detalhes que coincidem com o laudo pericial, segundo explicou o delegado Thales Araújo, diretor da Dinpol. "O menor conhecia a vítima há mais tempo e o maior foi morar com a tia da vítima. Todos viviam na mesma comunidade", afirmou.
De acordo com as investigações, o homem preso é namorado de uma tia materna de Anna Cecillya e havia se mudado recentemente de Goiás para Alagoas. Ele a conheceu pela internet há 15 dias e passou a viver em uma casa próxima à da vítima. A menina sofreu agressões brutais, incluindo golpes de madeira na base do crânio e no rosto.
"Os relatos do adolescente são 100% compatíveis com as lesões verificadas no exame técnico", destacou o delegado Thales Araújo.
O delegado-geral adjunto, Eduardo Mero, ressaltou a importância do rápido esclarecimento e destacou o trabalho conjunto para elucidar o crime. “Desde o desaparecimento de Anna Cecillya, nossas equipes trabalharam de forma integrada, unindo esforços para dar uma resposta rápida e efetiva”, afirmou a autoridade policial.
Os delegados informaram ainda que os dois suspeitos devem responder por estupro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O adulto será ainda acusado de corrupção de menores. A Polícia Civil segue com a investigação em andamento para esclarecer outros detalhes relativos ao crime.
O prefeito Neno Freitas elogiou o trabalho das forças policiais durante a coletiva. "Quero parabenizar a Polícia Civil, a Polícia Militar e o delegado Mário Jorge Marinho e o agente Ângelo Araújo que atuam na região de Branquinha, pela agilidade e dedicação. Esse trabalho investigativo da Polícia Civil foi essencial para localizar os responsáveis", declarou.
Estiveram presentes na coletiva o delegado-geral adjunto, Eduardo Mero; o diretor de Polícia Judiciária 2 (DPJ2), delegado Mário Jorge Barros; o diretor da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol), delegado Thales Araújo; o diretor de Polícia Judiciária 1 (DPJ1), delegado Sidney Tenório; o diretor da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), delegado Igor Diego; o comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Paulo Amorim; e o prefeito de Branquinha, Neno Freitas.