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Investigação aponta envolvimento de 15 PMs na morte do delator do PCC

Um PM da ativa que executou Gritzbach a mando do PCC foi preso

16/01/2025 às 11h07 Atualizada em 16/01/2025 às 11h12
Por: Redação Fonte: Folha de São Paulo
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Foto: PC-ba
Foto: PC-ba

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo faz operação na manhã desta quinta-feira (16) para prender 15 policiais militares suspeitos de envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e também na morte de Antônio Vinicius Gritzbach, 38, delator da facção. Até o momento, 13 policiais foram presos pela Corregedoria.

A operação é chamada de Prodotes e, além dos 15 mandados de prisão preventiva, também cumpre sete mandados de busca e apreensão na capital e na grande São Paulo.

"A operação teve início após uma denúncia anônima recebida em março de 2024, apontando possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção", afirmou a Corregedoria.

Segundo a investigação, o delator foi morto por um PM da ativa. Os militares também são suspeitos de vazar informações de operações e investigações para a alta cúpula da facção.

Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública, em entrevista ao Bom dia SP, da TV Globo, não revelou quem é o policial apontado como o atirador, mas disse que ele foi identificado por reconhecimento facial.

"Depois do assassinato, nós realizamos serviços de inteligência, e após esse trabalho de inteligência, restou o trabalho de reconhecimento de imagens divulgadas após o assassinato, para ter a comprovação de quem era realmente o atirador. Aí conseguimos identificá-lo, qualificá-lo, e foi só o tempo de solicitar à Justiça a prisão ", explicou.

Ainda segundo Derrite, o atirador fazia parte da escolta do delator assassinado. 

O empresário foi assassinado a tiros em 8 de novembro de 2024, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Ele era jurado de morte pelo PCC.

Gritzbach, ligado à facção criminosa, teria se envolvido numa série de problemas com o grupo. Ele era suspeito de ter mandado matar dois integrantes da facção. Também fechou um acordo de delação premiada com a Justiça.

O delator voltava de uma viagem a Alagoas. Conforme mostram imagens do ataque, ele havia acabado de deixar a área de desembarque do terminal 2 do aeroporto quando homens encapuzados saíram de um Volkswagen Gol preto e atiraram contra o empresário.

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