Cinco anos após o início da pandemia de Covid-19, a China está enfrentando aumento nos casos de infecção por um vírus respiratório que está causando a superlotação de hospitais e medidas emergenciais. A imprensa estatal chinesa vem reportando o aumento de casos de metapneumovírus humano (HMPV).
Sem detalhar números, o Instituto Nacional de Controle e Prevenção de Doenças Transmissíveis do CDC da China relatou recentemente um aumento de infecções respiratórios, incluindo por HMPV, durante o inverno chinês. A Organização Mundial da Saúde (OMS) não declarou emergência, mas autoridades chinesas estão reforçando sistemas de monitoramento.
A Televisão Central da China (CCTV) relatou, citando uma fonte do governo, o lançamento de um programa piloto para rastreamento de pneumonia de origem desconhecida para garantir que laboratórios e agências de saúde relatem e gerenciam casos com mais eficiência.
Hong Kong relatou alguns casos de HMPV. Países vizinhos monitoram a situação: o Departamento de Controle de Doenças Transmissíveis do Camboja emitiu alertas sobre o vírus, destacando sua similaridade com a Covid-19 e Influenza.
Na vizinha Índia, autoridades disseram que não há necessidade de pânico, pois o HMPV é “como qualquer outro vírus respiratório”.
O metapneumovírus humano é um vírus respiratório que causa sintomas semelhantes aos do resfriado e gripe comuns, com tosse, congestão nasal, coriza, rouquidão e até falta de ar – em casos mais graves – entre os principais sinais.
Rafael Malta, médico infectologista, explica que o vírus costuma gerar casos leves a moderados e complicações mais graves geralmente “estão associados ao vírus sincicial respiratório, outro vírus que costuma causar doenças em indivíduos com a imunidade mais frágil, como crianças pequenas e idosos”.
Apesar da preocupação recente, o vírus não é novo, ele foi identificado pela primeira vez em 2001 e se espalha por meio de gotículas respiratórias ou contato com superfícies contaminadas.