A família da médica alagoana Carolina Canales, morta em um incêndio em Bangkok, capital da Tailândia, falou sobre a perda da jovem e as circunstâncias da tragédia. Em entrevista ao Fantástico, exibida no domingo (5), a mãe dela, Lara Canales de Albuquerque, deu detalhes do último contato com a filha e de como ela era.
Segundo a mãe da jovem, elas tiveram o último contato às 20h40, 20 minutos antes do incêndio. Carolina avisou que ia descansar antes de seguir para o aeroporto à meia-noite, para retornar a Alagoas e passar o Ano Novo com a família em Maceió.
Abalada com a tragédia, Lara falou como a filha era cheia de sonhos. "Ela era uma menina que eu dizia que era a menina dos olhos de Deus. Ela tinha muitos sonhos, uma vida pela frente. Ia fazer muito bem ao mundo. Então, por quê?", afirmou.
"Tudo que ela fazia era com muita dedicação. Então, tudo o que ela fazia chamava a atenção das pessoas, chamava atenção da família, chamava atenção de um desconhecido. Ela era iluminada", disse Lara.
A jovém medica iniciou a faculdade de medicina ainda cedo, aos 16 anos, e se formou aos 23. Ele era atuante no Hospital Geral do Estado (HGE), onde deixa um legado de trabalho humanizado e admiração pela profissão.
No sábado (4), foi realizada a missa de sétimo dia de Carolina na Igreja Rosa Mística, que fica na Jatiúca. Quanto ao translado do corpo dela, ainda não há uma previsão e a família aguarda os tramites das autoridades tailandesas.
O incêndio
Carolina estava hospedada no hotel de luxo com o noivo Fernando Lages. Ele haviam noivado seis dias antes da tragédia e viviam um momento de realização pessoal. O incêndio começou em um dos quartos no quinto andar, no mesmo corredor onde eles estavam.
Na hora da fuga, Fernando conseguiu pular pela janela do hotel e fraturou a perna. Mas Carolina, infelizmente, acabou entrando justamente no quarto onde provavelmente o incêndio começou. Ela morreu ainda no local após inalar fumaça.
O noivo da médica, também estudante de medicina, recebeu alta médica na última quinta-feira. Ele aguarda a liberação do corpo de Carolina.