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“Fomos acordados pelo inferno, o qual inclusive não acaba”, relata noivo de médica morta em incêndio na Tailândia

Fernando Ressurreição se pronunciou pela primeira vez, após a tragédia

03/01/2025 às 12h56
Por: Julita Bittencourt
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O estudante de medicina Fernando Ressurreição, de 26 anos, se pronunciou pela primeira vez, nas redes sociais, após o incêndio em um hotel na Tailândia que matou a noiva dele e médica alagoana Carolina Canales, de 24 anos. Fernando recebeu alta médica do hospital na quinta-feira (2).

 

Em uma postagem emocionante e profunda, o estudante diz que eles foram 'acordados pelo inferno - o qual inclusive não acaba”. Ele também descreveu a noiva como uma pessoa inteligente, carinhosa, prestativa, intensa, determinada, estudiosa, amiga, bondosa, trabalhadora e sincera.

 

“Nessa viagem, vivemos os melhores momentos das nossas vidas - muito amor, carinho, risadas, diversão, realizações e planos de um futuro compartilhado - estávamos plenos, vivendo o maior sonho dela - Tailândia e tomar banho com os elefantes, com todo o cronograma 100% definido por ela [era uma baita planejadora] - completei esse sonho com o nosso sonho de casa - vimos e revimos nosso momento do noivado por horas ao longo dos dias; nos sentíamos no topo do mundo; preparados para retornar para nossas famílias e comemorar nossas conquistas e um novo ano com quem amamos - com malas prontas e só esperando o nosso horário de retorno. Mas como na vida nada é certo, fomos surpreendidos - acordados pelo inferno - o qual inclusive não acaba”, escreveu o jovem.

 

Fernando conseguiu escapar do incêndio após pular pela janela do hotel e fraturou a perna. O casal estava hospedado no quinto andar do edifício. Carolina, infelizmente, não conseguiu sobreviver após inalar fumaça. 

 

“Minha cabeça ferve, dormir e acordar são sofrimentos: me pergunto porque não descansamos juntos [muitos me disseram que é uma benção - me questiono quanto a isso]. Eu aceito e vou batalhar para encontrar uma razão e uma forma de sobreviver, levando sempre um pedaço do seu amor, de seus ensinamentos, características que me completavam e fazendo o melhor pelo próximo”, afirmou ele.

 

O estudante também disse que segue no país asiático lutando para trazer o corpo da médica de volta para Alagoas. Por fim, ele agradeceu por todas as mensagens de carinho e força e pediu orações para Carolina.

 

“Nesses dias nós dissemos tanto [eu te amo], mas mesmo assim não é o suficiente - gostaria de ter dito muito mais. Essa é a nossa história de amor de quem ouviu mil vezes sim e foi o homem mais feliz do mundo”, concluiu.

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