O Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (GAESF) do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) informou nesta sexta-feira (6) que interpôs recuso contra a decisão judicial da 17ª Vara Criminal da Capital que, após audiência de custódia, concedeu liberdade a Igor Campioni, que havia sido preso durante a operação Trapaça, no último dia 4.
O recurso foi impetrado na quinta-feira (5). "O Gaesf requer que os magistrados reconsiderem a decisão que substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares por entender que a liberdade do investigado coloca em risco a apuração que ainda está em curso", informou o MPAL
Em caso de não reconsideração da decisão proferida na quarta-feira (04), o Gaesf recorrerá à Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.
O ex-policial militar e digital inuencer, Kel Ferreti, segue preso no Sistema Prisional após ter a prisão preventiva mantida pela Justiça de Alagoas durante audiência de cutódia. Ele foi preso de manhã na operação Trapaça acusado de chear um esquema de lavagem de dinheiro por meio do Jogo do Tigrinho.
A Operação Trapaça teve com objetivo desarticular uma organização criminosa atuante em desfavor da economia popular e em crime de lavagem de dinheiro, envolvendo jogos de azar on-line.
Ao todo, foram cumpridos oito mandados de prisão e de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, contra pessoas físicas e jurídicas, tanto em Maceió quanto na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo.
Na casa de um dos alvos, o Gaesf apreendeu cerca de R$ 20 mil, telefones celulares, documentos e um veículo de luxo, modelo Porsche.
O foco da investigação é o “Fortune Tiger”, mais conhecido como jogo do tigrinho, uma espécie cassino virtual que promete, de forma fraudulenta e/ou ilusória, supostamente, ganhos fáceis e elevados, a partir de sua promoção, numa verdadeira campanha de divulgação, envolvendo inuenciadores digitais.
A investigação do Gaesf apontou que Kel Ferreti é o suposto líder da organização criminosa desse esquema milionário em que esbanja uma vida
de luxo, fazendo questão de ostentá-la nas redes sociais, onde milhões de seguidores são induzidos a comprar produtos e serviços, como jogos de apostas, com promessas de prosperidade quase que imediata.