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Polícia Operação Trapaça

Defesa de Kel Ferreti confirma prisão de influencer por esquema de lavagem de dinheiro

Ele foi preso em Maceió e bens foram aprendidos

04/12/2024 às 14h45 Atualizada em 04/12/2024 às 14h57
Por: Julita Bittencourt
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Foro: Reprodução
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A defesa do ex-policial militar e digital influencer, Kel Ferreti, se pronunciou após a prisão dele por envolvimento com lavagem de dinheiro por meio do Jogo do Tigrinho, nesta quarta-feira (4). Por meio de nota, os advogados de Ferreti informaram que ele passará por uma audiência de custódia ainda hoje e que a prisão foi dentro da legalidade. 

"Ressaltamos que a prisão foi realizada dentro dos estritos limites da legalidade e que ele será submetido à audiência de custódia ainda hoje, conforme preconiza a legislação", diz a nota.

Ainda segundo a defesa, em nenhum momento houve a necessidade do uso de algemas, em total conformidade com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.

Por fim, os advogados garantiram que o influenciador se pronunciará sobre as acusações assim que possível. 

"Informamos ainda que todos os fatos serão devidamente esclarecidos, e que, em breve, nosso cliente terá a oportunidade de se manifestar diretamente aos seus seguidores, apresentando sua versão dos acontecimentos", finalizou a nota.

Operacao Trapaça 

A Operação Trapaça foi deflagrada, nesta quarta-feira (4), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (GAESF) do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL). Os trabalhos têm o objetivo de desarticular uma organização criminosa (Orcrim) atuante em desfavor da economia popular e em crime de lavagem de dinheiro, envolvendo jogos de azar on-line.

Ao todo, foram cumpridos oito mandados de prisão e de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, contra pessoas físicas e jurídicas, tanto em Maceió quanto na cidade de  Ribeirão Preto, em São Paulo. Dos mandados de prisão, dois foram em Alagoas e, os outros dois, em SP.

Na casa de um dos alvos, o Gaesf apreendeu cerca de R$ 20 mil, telefones celulares, documentos e um veículo de luxo, modelo Porsche.

O foco da investigação é o “Fortune Tiger”, mais conhecido como jogo do tigrinho, uma espécie cassino virtual que promete, de forma fraudulenta e/ou ilusória, supostamente, ganhos fáceis e elevados, a partir de sua promoção, numa verdadeira campanha de divulgação, envolvendo influenciadores digitais. ´É importante destacar que, recentemente, operações do Ministério Público e policiais em todo o Brasil já apreenderam milhões de reais em bens de influenciadores envolvidos em esquemas similares.

A investigação do Gaesf aponta que Kel Ferreti é o suposto líder da organização criminosa desse esquema milionário em que esbanja uma vida de luxo, fazendo questão de ostentá-la nas redes sociais, onde milhões de seguidores são induzidos a comprar produtos e serviços, como jogos de apostas, com promessas de prosperidade quase que imediata.

O Ministério Público suspeita, ainda, que a Orcrim faz a utilização de “laranjas” para ocultar bens, como no caso de veículos de luxo registrados em nome de terceiros, mas exibidos nas redes sociais como se fossem dos investigados. Para a execução da operação, o Gaesf requereu o bloqueio de R$ 21.278.337,60, além de dez veículos de luxo.

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