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FPI encontra irregularidades em unidades de saúde no interior de AL

Maioria tinha falhas graves no descarte de resíduos hospitalares

27/11/2024 às 13h05
Por: Julita Bittencourt Fonte: Ascom
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Entre os dias 22 e 26 de novembro, a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do Rio São Francisco realizou visitas a mais quatro unidades de saúde nos municípios de Junqueiro, Campo Grande, Olho d’Água Grande e São Brás, no Agreste de Alagoas. As inspeções revelaram que algumas unidades avançaram em boas práticas que podem servir de exemplo, mas outras enfrentam desafios graves que comprometem a segurança de pacientes, profissionais e até de trabalhadores da limpeza urbana.

Das unidades vistoriadas, um hospital de Junqueiro foi o único com licenciamento ambiental, um ponto positivo que infelizmente foi comprometido pela segregação inadequada dos resíduos hospitalares, com a mistura de materiais contaminados com resíduos comuns.

Em contrapartida, tanto a unidade de saúde de Campo Grande quanto a de Olho d’Água Grande se destacaram pela estrutura bem conservada e organizada, com equipamentos novos, sinalização adequada e salas de vacinação e farmácia em excelente estado. A unidade de Campo Grande recebeu elogios pelo Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS).

Por outro lado, os hospitais de Junqueiro e de São Brás chamaram atenção pelos equipamentos enferrujados, falta de manutenção, fios expostos e até materiais vencidos, como seringas e testes de COVID-19, que precisaram ser inutilizados.

Durante as vistorias, alguns problemas foram identificados em todas as unidades inspecionadas:

  • Nenhuma unidade possuía o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) para os aparelhos de ar-condicionado.
  • Faltavam Projetos contra Incêndio e Pânico, e algumas unidades tinham extintores de incêndio vencidos, sendo que, em casos extremos, a validade expirava desde 2012.
  • A ausência do Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR) e falhas graves no descarte de resíduos hospitalares também foram preocupantes.

Autuação

As unidades receberam um prazo de 30 dias para corrigir as inconformidades administrativas apontadas pelas técnicas da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), além de precisarem adotar providências para ajustar as instalações elétricas, atualizar os equipamentos de combate a incêndio e implementar sistemas adequados de gestão de resíduos, entre outros.

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