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Qualidade das estradas brasileiras chega ao índice mais alto da história

Rodovias federais atingiram patamar de 75,1% em bom estado, segundo o DNIT

19/11/2024 às 15h51
Por: Julita Bittencourt Fonte: Ascom MT
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 Foto: DNIT/Divulgação
Foto: DNIT/Divulgação

A retomada de investimentos na infraestrutura viária é marca da atual gestão do Ministro dos Transportes, Renan Filho, e do presidente Lula. Entre janeiro de 2023 e outubro de 2024 foram destinados mais de R$ 26 bilhões para ações de manutenção, conservação e construção das estradas do país, e os resultados já são perceptíveis.

Em outubro deste ano o Brasil atingiu o maior patamar de toda a série histórica do Ministério dos Transportes no quesito qualidade das vias.  Dos cerca de 60 mil quilômetros de estradas públicas, 75,1% foram classificadas como “boas”.

A situação das rodovias é medida pelo Índice de Condição da Manutenção (ICM), ferramenta utilizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) desde 2016. Ele é obtido a partir de um processo meticuloso de apuração, que envolve a filmagem in loco dos segmentos rodoviários com câmeras de alta precisão. Já a análise dos dados tem suporte do software DNIT-ICM que, por meio de Inteligência Artificial (IA), apresenta resultados matemáticos, excluindo interferências pessoais. O DNIT-ICM foi desenvolvido pela equipe do Labtrans da Universidade Federal de Santa Catarina, sendo validado cientificamente.

O ICM é calculado periodicamente, o que permite observar variações da malha ao longo dos anos. Para esse estudo, as coletas de dados acontecem com equipes em campo e não por amostragens, possibilitando que os resultados alcançados assegurem uma visão precisa da situação das rodovias nacionais, com o detalhamento por quilômetro para geração dos índices finais.

Melhoria

Os dados do ICM também permitem um olhar sobre as rodovias em péssimas condições de trafegabilidade. Conforme a série histórica, desde janeiro de 2023 esse percentual tem diminuído significativamente, saindo de 11% em dezembro de 2022 para 6% em dezembro do ano passado. No ICM de outubro deste ano, novos avanços. O total da malha federal classificada como “péssima” é de apenas 1,8% e a meta agora é zerar o quociente negativo.

De acordo com o diretor-geral do DNIT, Fabrício Galvão, ao longo de 2023 e 2024, a disponibilidade de recursos permitiu à equipe técnica alavancar as ações de manutenção. “Nesse período, conseguimos lançar as licitações para os trechos rodoviários que não estavam cobertos por contrato de manutenção rotineira, garantindo que 100% da nossa malha pudesse ser atendida. E ainda, em paralelo aos trabalhos de planejamento, conseguimos recuperar as nossas rodovias, melhorando de forma significativa a percepção do usuário ao trafegar”, frisou.

Regiões e estados

Dados regionalizados do ICM de outubro deste ano, mostram que o Centro-Oeste lidera o ranking com a melhor malha viária do país: 80,5% de estradas boas. Isso representa cerca de 7,3 mil quilômetros das rodovias da região. Enquanto isso, o Norte e o Nordeste aparecem tecnicamente empatados, com 77,7% e 77,2% da malha em boas condições, respectivamente. Ambas as regiões tiveram uma melhora expressiva no índice ao longo dos últimos 22 meses. Em dezembro de 2022 a classificação de “bom” da Região Norte era de 46% e a do Nordeste, de 54,2%.

O ICM também mostrou que os cinco estados brasileiros com a maior malha tiveram crescimento expressivo no índice “bom” em comparação com dezembro de 2022 e outubro de 2024. A Bahia (6.720 km) passou de 46,1% para 79%; Minas Gerais (5.247 km) de 42,2% para 58%; Rio Grande do Sul (4.860 km) melhorou de 56,9% para 69%; Pará (3.827 km) foi de 54% para 85%; e Mato Grosso (3.655 km), de 67,2% para 80%.

O diagnóstico aponta ainda que o Distrito Federal e 24 estados registraram aumento do índice. Vale destacar que Acre, Amazonas, Amapá, Sergipe, Maranhão e Santa Catarina tiveram uma evolução expressiva, uma vez que esses estados estavam com índice “bom” inferior a 40% em dezembro de 2022 e o levantamento atual revela que estão com 64%, 57,1%, 98,4%, 71,3%, 64,1% e 71,5%, respectivamente.

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