O policial civil Eudson Oliveira de Matos, acusado de envolvimento no assassinato do ativista político Kleber Malaquias, foi transferido para a Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA) como medida de segurança. O pedido emergencial foi feito pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL), por meio dos promotores de Justiça que atuam no caso e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Ele foi transferido no sábado (26). O policial civil encontrava-se desde o dia 2 de outubro de 2024 recolhido na Central de Flagrantes de Maceió. Apontado como o líder de uma organização criminosa que executou Kleber Malaquias em 2020, o Ministério Público entendeu que sua permanência em Alagoas poderia atrapalhar o processo, bem como colocar em risco a própria integridade física do preso.
De acordo com a Lei 11.671/2008, regulamentada pelo Decreto 6.877/2009, tem perfil para inclusão nas unidades federais quem desempenhar função de liderança ou participado de forma relevante em organização criminosa; tiver praticado crime que coloque em risco a sua integridade física no ambiente prisional de origem; e também quem for membro de quadrilha ou bando, envolvido na prática reiterada de crimes com violência ou grave ameaça; No caso do ativista político Kleber Malaquias, o policial , segundo os autos, foi o responsável por toda a logística, estando, inclusive, nas proximidades do “Bar da Buchada” onde ocorrera o assassinato para suporte aos criminosos.
Nos autos, o Ministério Público elenca outras ações criminosas atreladas ao policial civil reforçando a inviabilidade de continuar em Alagoas mantendo contatos suspeitos.
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