A procura por seguro contra ataque hacker cresceu 12,7% entre os meses de janeiro e junho deste ano, totalizando arrecadação de R$ 110,6 milhões. Já na série histórica iniciada em 2020, a alta é ainda maior: chega a 512,4%, segundo um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) obtido com exclusividade pela coluna.
O chamado seguro cibernético é um produto voltado a empresas que prevê proteção em casos de paralisações de operações, perdas financeiras ou vazamentos de dados.
Confira o faturamento ao longo dos anos (considerando o primeiro semestre):
- 2020: R$ 17.784.794
- 2021: R$ 40.532.213
- 2022: R$ 77.131.224
- 2023: R$ 98.115.109
- 2024: R$ 110.584.693
Fonte: Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg)
Apesar de desconhecido do grande público, o seguro cibernético tem ganhado relevância em organizações de todos os tamanhos. A chefe de tecnologia (CTO) de uma multinacional contou a este colunista que já há dificuldade de contratação, tendo em vista que a atual exposição no ambiente digital é muito maior do que no passado.
Um dos maiores receios está relacionado ao ataque de ransomware, capaz de travar os sistemas de computador. Comenta-se nos bastidores que algumas gigantes brasileiras já tiveram de pagar valores na casa dos milhões de reais para retomar as operações.
Hoje em dia, existe ainda o receio de que os avanços da inteligência artificial generativa levem a táticas ainda mais sofisticadas.