As fileiras da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL), especialmente no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), localizado em Maceió, guardam a história do sargento Juciano que, embora não fosse nenhum segredo, ganhou destaque em rede nacional no mês de setembro. Por trás da farda de um combatente, existe um agente de transformação social cuja equipe tem gerado um impacto de esperança no Litoral Norte Alagoano.
Situada na paradisíaca Praia do Patacho, mais precisamente no Povoado Lages, em Porto de Pedras revelou-se uma trajetória que começou como um bloco carnavalesco, movido pela alegria e descontração e evoluiu para algo maior: uma entidade de utilidade pública estadual que, hoje, tem a solidariedade como um verdadeiro estandarte. A iniciativa foi além dos dias de folia e deu origem à Organização Não Governamental (ONG) Filhos do Patacho, presidida pelo sargento da PM-AL, Juciano.
Após concluir o Curso de Formação de Praças (CFP), permaneceu na unidade-escola, a pedido de seus superiores, que não abriram mão de sua permanência. Ele havia criado fortes vínculos e se destacava pelo dinamismo e serviço com excelência, tornando-se indispensável. Ao longo de mais de uma década tem sido essencial na formação e aperfeiçoamento de milhares de militares, contribuindo para diversas turmas e cursos.
A vida como sargento e presidente se divide entre a capital e as raízes. Passa a semana em Maceió e vai para o Litoral Norte nos finais de semana — quando a maior parte das atividades da ONG acontece e onde seus pais vivem.
Para o Brasil inteiro ver
A ONG ganhou projeção em rede nacional no dia 8 de setembro dentro do quadro The Wall, no programa Domingão com Huck, da Rede Globo. Misturando sorte e conhecimento, o quadro é um jogo onde os participantes enfrentam uma grande parede. Numa sequência de perguntas de múltipla escolha, bolas caem da parede em direção a prêmios em dinheiro. A cada acerto, as bolas caem por um tabuleiro com valores variados. A cada erro, porém, as bolas caem, mas retiram um valor específico da quantia acumulada. O valor máximo do prêmio é de R$ 1,7 milhão.
Sem muita pretensão, Juciano fez a inscrição no site, contou toda a história dos Filhos do Patacho e ficou surpreso quando, cerca de seis meses depois, recebeu a ligação da produção do programa. Após todos os trâmites, reuniões e gravações, chegou o dia da gravação nos estúdios da Rede Globo. A dupla formada por Juciano e pelo secretário da ONG, Laelson Sales, conseguiu levantar R$ 282.679 para a entidade. O objetivo era arrecadar R$ 300 mil para a aquisição de um terreno destinado à construção da sede da ONG, atualmente instalada nas dependências da colônia de pescadores.